29.4.09

É fantástico ter corpo, ter pele. Sinto-me e observo-me. Do sitio onde estão os meus pensamentos e a minha dor, olho o meu corpo com carinho pelo calor fugaz da sua natureza. Vejo à distância como é frágil e sedento. Perdoo-o e amo-o e compreendo-o silenciosamente como o faria alguém que sabe que não vai morrer, e olha com serena e eterna nostalgia o vai-e-vem de um mundo em que não pode tocar.

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