28.8.10

Quem és tu? Que coisa fantástica tens tu para me dizer que eu ainda não saiba? Citações, curiosidades. Eu alimento-me de sangue e bocejo. Oh dor, minha amiga antiga, oh morte, minha amante cobiçada. Palavras, letras, ecrãs luminosos, ruído. Desculpa se bebi o teu copo até ao fim. As tua roupas não me servem e o mais provável é eu estragar-te a festa. E o espectáculo continua, silencioso, cru e irónico.
Que bonito, esse teu fogo de artificio.

15.8.10

Selfish monster. Shelfish monster. O lobos uivam no meu cérebro e a paciência para vocês acabou. Energia, que energia? Não tenho forças para fingir mais, para pintar o teu mundo de beleza com sentido. Vê: Deus é um palhaço irónico que nem sequer é melhor que tu.
Sim, é inacreditável mas eu ainda te estou a ouvir a apontar o dedo em todas as direcções. Moral da história, só tu fazes sentido e toda a gente devia levar uma merda de vida nojenta como a tua. Fode-te. Podes ir vender essas alfaces podres a outra freguesia.
É bom para ti ter uma amigo. Alguém com quem podes falar e fazer de conta que estás a ouvir. Estou cansado. A tua conversa ainda me cansa mais. Esses grandes quadros de falhanço e estupidez que pintas à minha frente armado em guru iluminado dão-me sono quando não me dão vómitos. Tchauzinho.

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Não é um bom dia para isto. Eu avisei. É um daqueles dias em que a minha vontade não consegue enfeitar os vossos cadáveres adiados. Hoje, o mais parecido com amor que vais levar é eu não destruir as merdas em que baseias o teu mundo. Humanidade, mais que animais, hipócritas.
Não há um anjo por aí? Um anjo ou uma espécie de puta perfeita... Não?

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Vais continuar aí à espera? Preciso de um corpo que me submerja. De peito e pernas que escondam o mundo dos meus olhos. Afoga-me.