21.11.10

THE BOOK OF STUFF

Não percebo se é A felicidade a inundar-me totalmente ou só a carícia de um coração partido para sempre.
Há uma sensação nas minhas costas, os meus olhos, sempre perto das lágrimas, beijam a tua solidão.
Vazio. Tão bonito.
Amanhece e anoitece e o amor derrete-me por dentro, queimadura constante de peluche que atormenta e alimenta os meus sentidos.
Vento nos teus cabelos, sol nos teus olhos e a minha mão nas tuas pernas. Apanhamos boleia do mundo, duas silhuetas quentes, vindos do nada, feitos de nada, quentes. No toque das mãos, no sangue das veias, o mel mais raro, mais frágil e passageiro. Forte e quente.
Palavras que são frames de uma viagem.
Como eu queria guardar esta caricia para sempre. Todas as caricias para sempre. No torpor, a minha mão ainda faz menção de agarrar o momento, mas o prazer percorre de novo o meu corpo.
Tenho de te dizer que te amo, tenho de vos dizer que vos amo. Tens de perceber que é tanto, tanto, que quase impossível continuar a viver. A sério, muito. Sabe tão bem. Mais um instante, só mais um instante juntos antes de enfrentarmos cada um as suas tempestades e furacões. Mais um cigarro.